terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um ano positivo para a logística

Há de se considerar que 2011 foi um ano positivo para o desenvolvimento da logística. Uma área relativamente nova no Brasil, mas que se firma possibilitando novas soluções para as mais diversas dificuldades. E isso sobreveio em 2011 após certa “acomodação” do setor em meio à falta de desenvolvimento de ferramentas adequadas. É bem simples constatar isso com o impulso anual positivo de muitos mercados, principalmente os nacionais.

Com a instabilidade de governos internacionais pela queda de seus regimes antidemocráticos que, acredita-se ser temporária, é importante analisar as possibilidades de crescimento desses países após a abertura de seus eixos à globalização, e temos tudo a ver com isso. Embora considerando a forte crise européia, reflexo da crise norte-americana de 2008, agravada com o descontrole das contas públicas e pelas particularidades de cada país-membro onde a solução ainda parece longe, pois o bloco ainda espera por um plano que venha estreitar a união fiscal desses países para dividir o efeito da crise. A Espanha precisa dividir sua crise interna urgentemente…
Mais uma vez, “temos tudo a ver com isso”. O Brasil está se consolidando no mercado internacional – embora ainda haja muito que caminhar – e vem se desenhando como uma ótima alternativa para investimentos. Víamos nossas divisas se esvaindo pelos cortes de um mercado que sangrava sem alternativas e agora vemos a avaliação positiva do mercado internacional que possibilita investimentos cuja cautela agora parte de nós. Estamos emprestando dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e logo teremos mais peso nas tomadas de decisões que envolvem nossa pele também. Enfim, o Brasil está amadurecendo.
Como nada é perfeito, as mazelas que acompanham esse processo também crescem proporcionalmente. Daí a atenção precisa ser triplicada para não acharmos que podemos vencer o campeonato sem marcar gols. Uma economia estável também vive momentos delicados para sua continuidade, até com mais responsabilidades do que quando não se tinha muito o que perder. Aqui mora o perigo. O desenvolvimento tecnológico tem que acompanhar tudo isso para que se possa lucrar com parcerias e não amargar prejuízos com as competições.
Contudo, podemos esperar um 2012 no mesmo ritmo. Podemos esperar um Brasil crescendo não só por uma Copa do Mundo ou por uma Olimpíada. Esses eventos representam uma conseqüência daquilo que o Brasil desenvolveu nos últimos seis anos. Não se pode limitar expectativas de crescimento a eventos passageiros. O Brasil está mais forte do que tudo isso.
A Logística vem nesse trem. E não é à toa que citei esse meio. As ferrovias brasileiras terão um desenho muito diferente daqui a 10 anos. E não será só esse modal. Nos próximos anos os investimentos em infra-estrutura serão altíssimos. Grandes empresas estão se preparando para isso. Conforme um congresso realizado em Fortaleza, no último mês, os números revelam uma reestruturação das malhas viárias visando escoar melhor e agregar valor à produção nacional. O desenvolvimento de novas soluções logísticas será uma conseqüência – embora eu preferisse que o tivesse sido por um plano estratégico antecipando esse crescimento.
De qualquer forma, podemos contar com uma atenção maior à Logística – algo que sempre mereceu – e com anos vindouros onde seu fortalecimento será garantido, não só pela necessidade, mas pelas formas magníficas de apresentar soluções. Aos profissionais da área, cabe buscar o conhecimento para o fortalecimento do setor com novas oportunidades. E essas oportunidades virão para saborearmos novas vitórias e para fazermos história.
Aos caros leitores, fica a certeza de que estaremos juntos em 2012, se assim Deus permitir, e meus sinceros desejos de um Natal de Paz e um Novo Ano de prosperidades para todos.
Que venha 2012!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Como liderar uma reunião produtiva

Seja para a realização de um trabalho acadêmico ou para decisão de problemas da empresa, às vezes nos vemos obrigados a liderar uma reunião. As reuniões podem ser seu calcanhar de Aquiles, ou elas podem tornar-se um fórum onde decisões produtivas são tomadas e os projetos seguem em frente. Para garantir que suas reuniões sejam um sucesso e ocorram sem problemas, existem alguns passos simples que você pode seguir e o ajudarão em sua atividade de liderança.

Passo 1: Preparação

Este é um passo crucial para manter sua reunião na linha. Para cada hora planejada de reunião, prepare-se por uma hora. Além disso, não deixe a preparação para a véspera da reunião porque você estará com pressa e provavelmente esquecerá de pontos importantes.
Você deve ter bem claro qual o objetivo da reunião ao entrar em contato com aqueles que participarão do encontro. Veja 4 diferentes tipos de reuniões, cada uma com seu objetivo específico:
1. Informativa: Você repassa informações e atualizações, você responde perguntas do público presente.
2. Exploratória: Você coleta ideias diferentes.
3. Tomadora de decisão: Você selecionará uma ideia ou alternativa dentre várias disponíveis.
4. Relatório de progresso: Você discute sobre o andamento de tarefas ou prioridades específicas dentro da sua alçada (departamento, assunto do trabalho, etc).
O último passo na preparação para uma reunião é entrar em contato com cada um dos participantes que apresentará algo na reunião, para dar-lhes alguma informação prévia e instruções. Você precisa garantir que os envolvidos compreendam o objetivo para que a conversa seja produtiva.

Passo 2: Crie regras e objetivos

Uma habilidade importante que as pessoas precisam aprender é como criar regras básicas logo no início da reunião. Basicamente, você precisa criar expectativa e previsibilidade: o que os participantes poderão esperar dessa e das próximas reuniões com você. Essas regras incluem a participação e presença nas reuniões, uso de celulares e/ou computadores, respeito mútuo, como as discussões serão mediadas e como as decisões serão tomadas. Como você tem feito isso?
Também é importante que todos saibam o objetivo da reunião, que neste ponto você já sabe pois fez bem o seu trabalho no Passo 1. Mas muitos líderes se esquecem de compartilhar essa informação com o grupo. O que se espera conseguir ao final dessa reunião? O que teremos feito ou decidido ao final desta reunião?
Muitas pessoas adoram debater e conversar e discutir, e isso pode levar o encontro para um objetivo diferente do que foi traçado. Usando verbos diferentes como “discutir”, “finalizar” ou “decidir”, você pode guiar os próximos passos com mais clareza. Isso ajuda a limitar a conversa. Veja um exemplo de convite para uma reunião mal feito: “Escutar recomendações do comitê de seleção sobre quem entrevistar”. O objetivo é vago e abre espaço para muitas interpretações, que podem tirar sua reunião dos trilhos. Leia agora esse convite: “Finalizar a lista de candidatos a entrevistar”. Seus colegas saberão imediatamente o que será discutido e decidido.

Passo 3: Como lidar com personalidades fortes?

Às vezes algum participante tentará “roubar” sua reunião, levantando seus próprios tópicos, que divergem dos objetivos e assuntos que você já traçou e estabeleceu. Algumas pessoas tomam a palavra e não dão oportunidades aos outros participantes de se expressarem. Alguns simplesmente não aceitam opiniões diferentes. Veja como reagir se você está liderando uma reunião assim (e tenha certeza de não ser esta pessoa quando você participa de reuniões):
1. Durante a reunião, repita o que a pessoa falou, usando um tom de voz calmo e neutro, e peça aos outros participantes sobre seus pontos de vista. Isso mostra que você escutou o que ele disse, e ao mesmo tempo dá oportunidade aos demais participantes.
2. Converse com a pessoa em particular e dê um feedback, informando que todos devem expressar e respeitar as opiniões durante as suas reuniões.

Passo 4: Envolva o seu público!

Nem toda a responsabilidade sobre o sucesso da reunião deve ficar nos ombros do líder! Todos temos que fazer um esforço consciente para nos engajarmos nas discussões. O principal objetivo de qualquer reunião é que as pessoas saiam dela com a sensação de que fizeram algo, que uma decisão foi tomada e que agora alguma ação será posta em prática. Isto só ocorre depois de uma reunião bem estruturada.