Por Leandro - Logística Descomplicada, em janeiro 24th, 2011
O mundo econômico atual obriga a sociedade ser cada vez mais interativa, dinâmica e evolutiva, o que exige das empresas a busca pela fidelização dos seus clientes. E de nada adianta entregar o bem se o consumidor final não ficou encantado. Nas operações logísticas devemos ter isso em mente: não basta fazer o transporte, armazenagem e entrega – é preciso fazer algo a mais.
E como o ciclo dos produtos ficou mais curto (o tempo decorrido entre o pedido, fabricação, transporte e entrega é cada vez menor, mesmo para produtos vindos do outro lado do mundo), as empresas se veem obrigadas a inovar rapidamente e não deixar seus produtos se tornarem commodities, o que reduz as margens e dissipa a sua vantagem competitiva. E essa inovação precisa passar pela otimização dos serviços, de forma que as necessidades e expectativas do cliente sejam superadas.
Sabe-se que a cada dia mais o consumidor quer mais qualidade pelo menor preço, quer mais valor agregado e a logística é a chave para esse processo de encantamento do cliente. É ela quem proverá recursos, informações, tecnologia adequada e equipamentos para as diversas atividades de uma empresa.
As atividades logísticas possuem diversos segmentos, as quais incluem o transporte, a armazenagem, a separação, a preparação e a movimentação de insumos e produtos. Algumas possuem baixo grau de sofisticação, mas outras são altamente tecnológicas. Embora essas atividades já existam há décadas, mesmo antes dos computadores e da tecnolgia de informação estarem presentes no nosso dia-a-dia, é fato que para operações de grande porte e complexidade é impossível obter sucesso sem o uso correto das ferramentas de gestão de planejamento.
E nas operações internacionais, há uma atividade extremamente sofisticada, que é o planejamento logístisco aduaneiro, ou Logística Aduaneira. Ao longo deste artigo destacaremos as principais atividades da logística aduaneira, com atenção a pontos nos quais muitas empresas pecam e perdem dinheiro e clientes, por oferecer produtos e serviços caros e de baixa qualidade.
A logística aduaneira
Na logística aduaneira todas as etapas de uma compra ou venda internacional (importação ou exportação) são analisadas em seus pequenos detalhes, de forma que a estruturação e administração desse processo estejam conectadas com o core business dos clientes. A logística aduaneira envolve decisões como escolha dos tipos de transporte, suas características técnicas, cumprimento de exigências sanitárias, desembaraço alfandegário dentre outras as quais veremos a seguir.
Existem estudos os quais apontam que os custos logísticos representam 13% do PIB no Brasil, enquanto nos países desenvolvidos esse valor está entre 8% e 10%. Além de uma infraestrutura inadequada e deficiente, um dos principais motivos para essa diferença é a falta de planejamento no início do processo, antes mesmo do pedido ser confirmado com o fornecedor. Nas próximas páginas você verá por que isso é tão importante.
Para ilustrar a importância desse processo decisório e da importância de planejarmos as tomadas de decisões, utilizaremos um estudo de caso de compra internacional do Bacalhau, produto mundialmente apreciado e que segundo relatos foram os Vikings os pioneiros na descoberta desta iguaria gastronômica.
Neste estudo de caso, analisaremos todas as etapas para a importação desse peixe nobre, originado da Noruega e enfatizaremos a complexidade logística e a importância do planejamento.
Processo de compra do Bacalhau norueguês
Aalesund, uma pequena cidade da Noruega, e de apenas 40.000 habitantes, é a capital mundial do Bacalhau, pois contém diversas indústrias de beneficiamento e preparação deste peixe.
Bacalhau é o nome comum para os peixes do gênero Gadus, COD, Saithe, Ling e Zarbo, e que habita as águas frias do oceano atlântico nas regiões do Canadá, nos mares da Noruega e na região do Alaska, portanto muito longe do Brasil.
Mesmo tão distante, faz bastante sucesso por aqui e para garantir que o peixe consumido na mesa do consumidor seja de qualidade, não só os produtores noruegueses precisam fazer um bom trabalho como também os importadores brasileiros.
E o planejamento logístico, ou a logística aduaneira desse processo tem início no momento da confirmação do pedido de compra do importador brasileiro.
Antes de decidir por qual exportadora ou por qual tipo de bacalhau se comprará, é preciso analisar as exgiências sanitárias e aduaneiras existentes no Brasil. Chamamos isso de tratamento administrativo e se configura em uma importante etapa a ser conhecida por aqueles que desejam importar e revender esse alimento amplamente consumido, principalmente durante a sexta-feira santa.
No Brasil, os órgãos intervenientes no processo de liberação aduaneira são a Receita Federal do Brasil (no controle aduaneiro) e o Ministério da Agricultura (no controle sanitário).
Comprar esse produto do exterior exige autorização prévia ao embarque, e o importador precisa estar cadastrado no RADAR (Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros) da Receita Federal, além do Ministério da Agricultura aprovar o rótulo do produto e a licença de importação, que veremos mais adiante.
A autorização prévia consiste na obtenção da Licença de Importação (LI) não-automática, emitida pelo importador no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) e deferida (autorizada) pelo Ministério da Agricultura.
Para conceder a LI a autoridade sanitária procederá com a análise cadastral do importador, análise documental (fatura proforma) e análise do rótulo do produto, de responsabilidade do DIPOA – Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, ligado ao Ministério da Agricultura.
O acompanhamento dessas etapas acontece pelo interessado por meio do sistema eletrônico da Receita Federal (Siscomex), e somente após o deferimento é possível iniciar os trâmites de transporte da carga. No Brasil, a autorização para que a carga seja embarcada é de 60 dias após a concessão da autorização.
Não cumprir qualquer das etapas listas acarreta em sanções administrativas, multas ou até perda da carga do importador. Mas se tudo estiver quite, o próximo passo é pensar no transporte.
Repare quanto trabalho administrativo já foi feito antes mesmo de a carga estar disponível no país de origem. Só a partir desse momento se pode passar à primeira atividade de transporte.
* Por Leandro Callegari (Logística Descomplicada) e Carlos Araújo (ComexBlog). Esta matéria é uma adaptação de artigo dos dois autores publicado na revista Logweb, edição de dezembro de 2010.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
UM PANORAMA DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Professor Francisco Soares Másculo, Ph.D.*
* - Professor Associado do Departamento de Engenharia de Produção da UFPB; diretor científico da ABEPRO, 2006/09.
O texto a seguir é uma síntese de vários escritos sobre a engenharia de produção e procura dar uma contribuição para os alunos, professores e interessados neste campo de conhecimento. Foi produto das atividades exercidas ao longo dos últimos quatro anos como diretor científico da Associação Brasileira de Engenharia de Produção.
CONTEXTO FILOSÓFICO DA PRODUÇÃO E DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO:
Há que se considerar que a Engenharia de Produção é determinada pelo seu contexto sócio-técnico. Isso significa dizer que ela é moldada, como as sociedades humanas, pelo estágio tecnológico em que humanidade se encontra. Daí algumas afirmações nos norteiam:
- Inacabamento ou inconclusão do homem;
- Os humanos acumulam conhecimentos: colocam a Natureza a seu serviço; têm o poder do pensamento conceitual; são ativos na busca de conhecer (Paulo Freire);
- O homem trabalha para produzir: o trabalho é parte da vida; é uma ação inteligente e transformadora (Harry Braverman);
- Estágio tecnológico determina a forma de produzir, de viver, de lazer, etc; (Darcy Ribeiro).
- As técnicas e as tecnologias (transitórias) são suportadas por saber científico (duradouro).
- Os problemas de interesse para o homem, de uma forma ou de outra, são ligados ao ser humano e à sociedade em que esse está inserido - função social.
Segundo José Roberto G. Silva, em um estudo denominado: "Uma definição formal para engenharia" (Revista de Ensino de Engenharia ABENGE nº 17, 1997) foram levantadas trinta e cinco (35) definições de engenharia e a que ele utilizou como a mais pertinente foi: "A engenharia é uma aplicação de conhecimentos científicos e empíricos: é uma atividade que aplica os conhecimentos humanos à resolução de problemas propondo soluções técnicas utilizando as tecnologias".
O quadro abaixo apresenta um resumo da evolução dos sistemas de produção, a partir das invenções tecnológicas que os moldaram, adaptado de Slack et all (Ed. Atlas, 2ª ed., 2002). Assim, James Watt em 1764 ao desenvolver a máquina a vapor deu um salto, em 1790, Ely Witney adapta o tear. No meio Adam Smith em 1776 mostra a eficiência que advém da divisão do trabalho. Já em 1832, Charles Babbage começa a desenvolver o computador. Ressalte-se que todas essas "descobertas" são produtos de conhecimento acumulado por antecessores.
Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar questões de naturezas diversas, atentando para critérios de qualidade, eficiência, custos, fatores humanos, fatores ambientais, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as idéias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da competitividade do país.
Breve história da EP
O quadro acima lista importante personagens e suas contribuições. Afonso Fleury em texto extraído do site da POLI/ USP trás relato das origens da engenharia de produção:
"Historicamente, a origem da Engenharia de Produção ocorre nos EUA, na virada do século XIX para o século XX, inserida em um processo de avanço da industrialização e crescimento econômico. Neste período, em decorrência do desenvolvimento tecnológico e expansão da rede ferroviária de transportes, surgem as primeiras grandes corporações norte-americanas, impulsionando a produção em larga escala e o surgimento de um forte mercado interno de consumo.
O aumento do porte das empresas impõe desafios de natureza tecnológica e administrativa, exigindo uma capacitação maior para gestão da produção e dos negócios. No período de 1880 a 1920, vários estudos abordam a temática da busca da eficiência na produção. Dentre os diversos trabalhos, destacam-se os estudos de Frederick W. Taylor (1856-1915). Em particular, a publicação da sua obra Princípios da Administração Científica constitui um marco no surgimento da área de conhecimento denominada Industrial Engineering. Em seus estudos, Taylor analisa em detalhe o trabalho dos operários nas fábricas, buscando identificar formas de aumentar a eficiência do trabalho humano e da própria organização da produção. Na mesma época (1913), o engenheiro Henry Ford cria e introduz o conceito da Linha de Montagem na fabricação do veículo Ford - Modelo T, na fábrica da Ford Motors em Detroit. A introdução da linha de montagem revolucionou o modelo de produção existente, em virtude do grande aumento de produtividade que proporcionou.
Paralelamente aos estudos sobre organização industrial, desenvolvem-se também as técnicas de contabilidade e administração de custos. Dentre as técnicas criadas, destaca-se a análise econômica de investimentos, dando origem à Engenharia Econômica, e difusão do uso de indicadores de custos, giro de estoques, etc. Estas técnicas viabilizam a gestão eficaz de grandes corporações.
É também na virada do século que surgem, nos EUA, os primeiros cursos de administração (business school) e engenharia industrial, com o objetivo de formar profissionais para gestão da produção, tanto na graduação quanto em pós-graduação. Nos currículos de Engenharia Industrial, nota-se uma formação mais tecnológica, quando comparados aos de Administração, mais orientada para a gestão de negócios (marketing e finanças, além da administração de pessoal).
Uma terceira influência no campo da Engenharia Industrial se dá já na segunda metade do século XX, com o nascimento da Pesquisa Operacional (Operations Research), área de conhecimento caracterizada pela aplicação do método científico na modelagem e otimização de problemas logísticos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao término da guerra, os métodos de otimização desenvolvidos foram incorporados aos currículos de Engenharia Industrial e Transportes. Paralelamente e realimentando o desenvolvimento dos modelos e teoria da decisão, verifica-se o crescimento da informática que, gradualmente, é introduzida nas universidades e na administração de empresas.
Este conjunto de conhecimentos relativos à Organização da Produção, Economia e Administração de Empresas, Controle da Qualidade, Planejamento e Controle da Produção, Pesquisa Operacional e Processamento de Dados forma o núcleo básico da Engenharia Industrial clássica da década de 70. Na formação do engenheiro industrial, destaca-se também um conhecimento técnico que o diferencia do administrador de empresas. Historicamente, os cursos de Engenharia Industrial se aproximam da Engenharia Mecânica, provavelmente em função da maior complexidade dos processos de fabricação e montagem mecânicos.
Nos anos 80, os países industrializados observam o fenômeno da recuperação e desenvolvimento econômico no Japão, país arrasado ao término da Segunda Guerra Mundial. Em particular, a indústria automobilística e de produtos eletro-eletrônicos superam em desempenho suas concorrentes norte-americanas, oferecendo produtos de melhor qualidade e menor custo dentro do próprio EUA. Esta revolução baseou-se na revisão de paradigmas ocidentais de gestão da produção. Dois conceitos fundamentais norteiam o modelo japonês de produção: i) Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management - TQM) e ii) produção Just-in-time (JIT). O primeiro representa uma forte mudança cultural na forma de administrar a qualidade na produção e o segundo, um esforço no sentido aumentar a flexibilidade dos sistemas de produção de forma a viabilizar a produção em pequenos lotes com baixos custos e alta produtividade. Evidentemente, estes conceitos foram incorporados ao campo da Engenharia de Produção.
Ainda preservando o título de Engenharia Industrial, nos EUA e Europa, os cursos de graduação e pós-graduação expandem o campo de atuação para englobar, de forma sistêmica, toda a organização da empresa industrial. Isto implica em estudar desde o projeto do produto, dos processos de fabricação e das instalações, como também os aspectos estratégicos como o planejamento de investimentos, análise de negócios, gestão da tecnologia etc.
Nos anos 90, duas tendências se verificam. Uma consiste na integração dos diferentes elos de uma cadeia produtiva, buscando-se um planejamento cooperativo entre empresas clientes e fornecedoras, com vistas a oferecer produtos com alta qualidade, baixos custos e inovadores nos diferentes mercados mundiais. Esta filosofia, denominada "supply chain management", tornou-se operacional graças aos avanços na Tecnologia de Informação em curso. Outra tendência, diz respeito à transposição dos conceitos originários da Manufatura para empresas do setor de Serviços. Nestes casos, a fronteira entre a Engenharia de Produção e a Administração de Empresas torna-se ainda menos clara.
No Brasil, várias Instituições de Ensino Superior oferecem cursos de Engenharia de Produção, tanto de graduação quanto de pós-graduação (lato e estrito senso). Cabe destacar que a adoção aqui da denominação Produção em lugar de Industrial (denominação clássica ainda hoje nos EUA e Europa) deve-se ao intuito de diferenciar o curso de engenharia (nível superior) dos cursos técnicos industriais (nível médio) pré-existentes. Atualmente, a denominação que utilizamos parece mais adequada para representar a formação e atribuições do engenheiro que se pretende formar. Na graduação, os cursos de Engenharia de Produção são oferecidos, em geral, como habilitação ou ênfase de alguma outra modalidade da Engenharia. Embora o mais comum seja a combinação Produção - Mecânica, encontram-se alternativas como Produção - Química e Engenharia Civil de Produção, por exemplo."
Podemos afirmar que os seguintes marcos tecnológicos determinaram nosso sistema sócio-técnico e, por conseguinte a engenharia de produção:
- A partir de meados do século XX: automação e informatização.
- Unidades lógicas nos equipamentos: máquinas passam a receber e executar instruções pré-programadas.
- Agrupamento de máquinas controladas por computadores e desenvolvimento de robôs industriais deu aos sistemas de produção condições para receber e transmitir informações on-line: sistemas de fabricação flexíveis.
- Mudança de economia industrial (fabricação) para economia de informação (conhecimento). Papel relevante dos setores de maior acumulação: alta tecnologia (micro e nano-eletrônica, microondas, fibras óticas, lasers, novos materiais, microbiologia, etc.).
De acordo com sua definição clássica, adotada tanto pelo American Institute of Industrial Engineering (A.I.I.E.) como pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO),
"Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia".
Esta definição ressalta a multidisciplinaridade da Engenharia de Produção. No entanto, não explicita suficientemente qual é o objeto de estudo próprio à Engenharia de Produção. Esta enfatiza a concepção da engenharia como ciência "aplicada", cujos problemas são resolvidos recorrendo-se aos conhecimentos das ciências "puras", das ciências sociais e aos métodos da engenharia. Esta ênfase na administração e em métodos matemáticos tende a obscurecer a importância de outros conteúdos positivos propiciados pelas ciências sociais (por exemplo, a história da ciência e da técnica, a filosofia da técnica, a antropologia econômica, as análises econômicas do processo de trabalho e do processo de produção, a história do trabalho e da própria produção) que são necessários para se desenvolver uma teoria substantiva da produção. Esses conteúdos, constituem, além de seu caráter multidisciplinar, uma das especificidades da Engenharia de Produção diante das outras engenharias, que determina seus conteúdos programáticos e cuja caracterização não pode ser obtida unicamente através de ênfases.
CRONOLOGIA DE CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL:
- 1931 - IDORT - Instituto de Organização Racional do Trabalho - Governo Vargas: objetivava melhoria do padrão de vida dos que trabalham e desenvolver esforços na difusão e introdução de processos de organização científica do trabalho e da produção.
- 1959 - EPUSP - Curso de EP: auxílio de professores americanos.
- 1959 - ITA - "Opção Produção" no Curso de Engenharia Aeronáutica.
- 1957 - Universidade do Brasil (UFRJ) - Curso de Engenharia Econômica - Pós-Graduação.
- 1962 - PUC-RJ - 6 disciplinas de EP no currículo de Engenharia Mecânica como optativa.
- 1966 - PUC-RJ - Pós-Graduação (PG).
- 1967 - COPPE/UFRJ - Pós-Graduação.
- 1968 - USP - Pós-Graduação.
- 1969 - UFSC - PG.
- 1971 - UFRJ - Graduação.
- 1972 - USP - Doutorado.
- 1975 - UFPB - PG.
- 1975 - UFSM - PG.
- 1979 - UFSC - Graduação.
- 1979 - COPPE/UFRJ - Doutorado.
- 1979 - UFPE - PG.
O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
O curso de Engenharia de Produção tem como objetivo formar profissionais habilitados ao projeto, operação, gerenciamento e melhoria de sistemas de produção de bens e serviços, integrando aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais.
A DEMANDA PELOS CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A necessidade dos conhecimentos e técnicas da área da Engenharia de Produção tem feito com que o mercado procure e valorize os profissionais egressos dos cursos desta especialidade. Em função disso, a demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande, segundo apontam as estatísticas dos vestibulares.
- Mercado procura e valoriza os profissionais egressos dos cursos desta especialidade
- Mercado procura e valoriza os profissionais egressos dos cursos desta especialidade
- Demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande de acordo com as estatísticas dos vestibulares
- No Brasil, reportagens recentes de revistas como Exame, Isto É e Veja, e de jornais como Folha de São Paulo, apontam a Engenharia de Produção como a Engenharia com as melhores perspectivas de mercado de trabalho previstas para esse final de século, juntamente com Telecomunicações e Mecatrônica
- Indústrias de automóveis, de eletrodomésticos, de equipamentos, etc. enfim, setores que fabricam algum tipo de produto.
- Empresas de serviços tais como: empresas de transporte aéreo, transporte marítimo, construção, consultoria em qualidade, hospitais, consultoria em geral e cursos, etc.
- Instituições e empresas públicas tais como: Correios, PETROBRAS, Agência Nacional de Energia, Agência Nacional de Petróleo, BNDEs, etc.
- Empresas privadas de petróleo, usinas de açúcar, empresas de telefonia, agroindústrias, indústrias de alimentos, bancos (parte operacional), seguradoras e fundos de pensão.
- Bancos de investimento (na análise de investimentos)
A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMO GRANDE ÁREA
Hoje se identifica uma base científica e tecnológica própria da Engenharia de Produção que a caracteriza como grande área. Esse conjunto de conhecimentos, que está parcialmente listado a seguir, é fundamental para que qualquer tipo de sistema produtivo tenha um funcionamento coordenado e eficaz: - Engenharia do Produto; - Projeto da Fábrica; - Processos Produtivos; - Engenharia de Métodos e Processos; - Planejamento e Controle da Produção; - Custos da Produção; - Qualidade; - Organização e Planejamento da Manutenção; - Engenharia de Confiabilidade; - Ergonomia; - Higiene e Segurança do Trabalho; - Logística e Distribuição; - Pesquisa Operacional. Uma análise mais detalhada da formação oferecida atualmente pelos cursos de Engenharia indica que esses conhecimentos e habilidades são próprios e característicos da Engenharia de Produção. Além disso, a Engenharia de Produção trabalha esses assuntos de forma integrada, considerando como cada um deles enquadra-se dentro do conjunto que compõe um sistema produtivo. Ressalta-se que a aplicação desses conhecimentos requer a base de formação (Matemática, Física, Química, Informática, Desenho, etc.) que existe apenas na Engenharia.
PERFIL DO EGRESSO
O perfil desejado para o egresso do curso é o de uma Sólida formação científica e profissional geral que capacite o engenheiro de produção a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e de sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.
COMPETÊNCIAS DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO
1. Ser capaz de dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
2. Ser capaz de utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
3. Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
4. Ser capaz de prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
5. Ser capaz de incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
6. Ser capaz de prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
7. Ser capaz de acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;
8. Ser capaz de compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
9. Ser capaz de utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
10. Ser capaz de gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas.
HABILIDADES
· Compromisso com a ética profissional;
· Iniciativa empreendedora;
· Disposição para auto· aprendizado e educação continuada;
· Comunicação oral e escrita;
· Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos;
· Visão crítica de ordens de grandeza;
· Domínio de técnicas computacionais;
· Domínio de língua estrangeira;
· Conhecimento da legislação pertinente;
· Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;
· Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.
· Compreensão dos problemas administrativos, sócio· econômicos e do meio ambiente;
· Responsabilidade social e ambiental;
· "Pensar globalmente, agir localmente";
O Mercado de Engenharia e Óleo & Gás - Uma visão geral
O mercado de recrutamento de engenheiros tem se mostrado altamente aquecido devido ao momento positivo e de altos investimentos em que vive o país. Ao mesmo tempo, a carência de profissionais especializados faz com que perfis diferenciados sejam cada vez mais procurados e valorizados.
Atualmente, observa-se uma demanda muito forte por profissionais com experiência nas áreas de gerenciamento de projetos, comércio exterior e de produção industrial, que a cada ano ganham mais importância dentro das empresas.
Paralelamente, com relação às habilidades técnicas, as companhias vêm sendo cada vez mais exigentes. Diferenciais como boa gestão de pessoas e foco em resultados são extremamente valorizadas e podem fazer a diferença na hora da escolha do profissional.
Já o movimento de expansão do segmento de Oil & Gas faz com que as empresas, cada vez mais, se preocupem em atrair os melhores profissionais para suas operações. Na atual realidade do setor, que passa por um momento de aumento no nível de investimentos, um dos principais desafios das empresas do segmento atualmente é encontrar mão de obra especializada
e adequada às necessidades de seus negócios.
Neste ambiente altamente competitivo, onde os profissionais são disputados por mais de uma empresa, a atividade de recrutamento especializado vem sendo valorizada de forma crescente pelas corporações.
Profissionais da área de geologia e geofísica, bem como engenheiros das diversas especialidades, hoje são altamente demandados pelas organizações atuantes neste segmento. Além disso, por ser um mercado "projetizado", profissionais com experiências na área de projetos e contratos têm sido cada vez valorizados em função da maneira que a aplicação de técnicas e práticas de gerenciamento pode favorecer a adequada condução dos empreendimentos.
Isto se justifica pelo fato de permitir que, no contato com os candidatos, todas as características da vaga sejam apresentadas de maneira completa, tornando a seleção do profissional mais eficiente e facilitando o desenvolvimento deste profissional dentro da empresa.
Leonardo de Souza
Gerente Michael Page
Oil & Gas | Engineering & Manufacturing
www.michaelpage.com.br
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Logística humanitária – inovação na reação aos desastres naturais
Por Leandro - Logística Descomplicada, em janeiro 17th, 2011
O conhecimento utilizado após grandes catástrofes como o tsunami asiático, o furacão Katrina e o terremoto no Haiti produziu lições que estão sendo estudadas em todo o mundo.
No Brasil só 1 de cada 5 cidades ter Defesa Civil, mas cursos superiores e multidisciplinares sobre defesa civil se tornam populares em universidades americanas e asiáticas.
Arquitetos e urbanistas estudam materiais resistentes à água e ao fogo, e fazem projetos de reconstrução que evitem futuros desastres. Várias dessas lições podem servir de exemplo ao Brasil:
PADRÃO DE EMERGÊNCIA
O projeto Esfera, estabelecido após o genocídio de Ruanda, criou padrões de base para a ajuda. Cada vítima necessita entre 7,5 e 15 litros de água para beber, cozinhar e lavar e 2.100 calorias por dia, além de 3,5 metros quadrados de abrigo.
Uma instituição católica na República Dominicana, que sempre responde a tragédias, compra barras de granola, sardinhas em lata e creme de amendoim, ricos em proteína, não perecíveis e de fácil transporte.
PAPELÃO E NEGÓCIO
O arquiteto japonês Shigeru Ban, voluntário no terremoto de Kobe (1995), desenvolveu tendas, escolas e clínicas que não oferecem risco de novo desabamento.
Na moldura das construções, tubos de papelão recicláveis são reforçados e preparados à prova d’água e resistentes ao fogo, o piso é de espuma e o teto é feito com madeira compensada, revestido de isolante.
As tendas foram usadas após o tsunami no Sudeste Asiático, em 2004. Companhias japonesas com fábricas na China produziram mais de 50 mil.
SOFTWARE E BOLSAS
Depois de vender para a UPS sua empresa de transportes, presente em 120 países e com 10 mil funcionários, por US$ 500 milhões, o americano Lynn Fritz, 63, criou o Instituto Fritz, consultoria que emprega seus conhecimentos em armazenagem e distribuição.
Ele desenvolveu programas de computação que ensinam logística a ONGs; criou uma conferência anual que reúne especialistas para discutir os últimos desastres; e oferece bolsas de estudo em universidades americanas que estudam resposta a tragédias. Microsoft, Intel e Philips colaboram com Fritz.
POSTOS AVANÇADOS
Próximos a áreas onde desastres acontecem com frequência, são instalados pólos logísticos com pessoal treinado, armazenamento para remédios, tendas e material de resgate.
A Federação Internacional da Cruz Vermelha criou pólos logísticos em Dubai e Kuala Lampur, com boa comunicação e onde alfândega e burocracia funcionam bem.
A “Cidade Humanitária Internacional”, em Dubai, inclusive, é uma área com isenção de taxas e impostos.
Essa logística reduziu os custos da Cruz Vermelha com uma família em risco de US$ 740 para US$ 185.
GPS
Após o terremoto do Haiti, no ano passado, a ONG britânica Map Action usou GPS e imagens de satélite e Google Maps para localizar desabrigados, checar que ruas ou estradas estavam bloqueadas ou pontes que desmoronaram – isso facilita a busca e evita desperdício de tempo.
CONTRATO COM VAREJO
A Cruz Vermelha assinou contratos com empresas de transporte e grandes redes varejistas para a realização de compras emergenciais com preço preestabelecidos, evitando desperdício de tempo com negociações.
Há encomendas periódicas de redes contra mosquito fabricadas no Vietnã e utensílios de cozinha e de higiene made in China.
Por Folha.com
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Canais de Distribuição na Exportação
Por Leandro - Logística Descomplicada, em janeiro 16th, 2011
Por Flávia Chinelato *Como estratégia de crescimento torna-se necessário buscar os mercados mais distantes e agregar maior valor a marca para manterem-se lucrativas e fortes o suficiente para permanecerem no mercado.
Para isso os empresários utilizam-se dos canais de distribuição (ou chamados canais de marketing). Uma definição básica deste canal é um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de disponibilizar um produto ou serviço para o uso ou consumo. Seriam formas distintas de dispor o produto ou serviço para clientes em diferentes locais.
Os canais variam conforme a visão estratégica da empresa. Podendo ser mais complexos contendo diversos níveis ou serem mais diretos e enxutos com menos envolvidos. Quanto maior esta cadeia, maior o grau de complexidade.
Um exemplo para ilustrar este tipo de situação seriam as fábricas de eletrodomésticos que hoje em dia possuem loja própria ou loja virtual, isto seria um canal enxuto com apenas dois níveis, a fábrica e o cliente final. Mas ainda esta mesma fábrica vende para grandes redes de supermercados, que neste caso seriam os grandes varejistas que vendem diretamente ao cliente final. Neste modelo seriam três níveis, a fábrica, o varejista e o cliente final. E, ainda, seria possível a fábrica vender aos atacadistas e estes revenderem a públicos distintos, ou seja, poderia utilizar três ou mais tipos de canais com diferentes níveis em cada um deles. Para o cliente seriam formas distintas de encontrar a marca. Podendo ir a um supermercado, loja de eletrodomésticos do bairro ou comprar diretamente da fábrica pelo site.
É válido ressaltar que empresas que utilizam vários tipos de canais são geralmente mais maduras e com bastante responsabilidade, pois há um risco muito grande de canibalizar o seu mercado, caso não seja feito de maneira planejada.
Dentro do mercado de exportação os cuidados devem ser os mesmos, pois o mercado, em cada país, possui suas particularidades, portanto uma mesma regra não vai ser aplicada e interpretada da mesma forma para todos os povos. Uma mesma empresa pode ter diferentes canais de distribuição conforme o país de atuação e sua visão estratégica. Mas, para isso é preciso mais do que conhecer um mercado: entender e respeitar.
Para muitas culturas, o cliente precisa sentir seguro quanto à marca, e uma forma de transmitir esta segurança é a parceira com alguma empresa nacional. Pois caso precise substituir o produto, fazer alguma manutenção, ou reposição é mais fácil localizar um responsável.
Mas não são todas as empresas que diversificam o canal de distribuição. Existem empresas cujos gestores optam por vender em menos países, mas com total controle do produto e da marca. Gerenciando cuidadosamente cada mercado e garantindo que da mesma forma que a empresa é vista no Brasil, será vista em qualquer outro país que a empresa atuar.
Uma produtora de café gourmet com esta visão estratégica preferiu ela mesma trabalhar a sua marca em cada país e vender diretamente seus produtos aos pequenos varejistas categoricamente selecionados, ou seja, uma cadeia de distribuição seletiva e com menos níveis.
Isso porque se trata de um produto não pulverizado e com alto valor agregado. Onde um mau posicionamento de mercado acarretaria em enormes prejuízos dentro e fora do Brasil. Além de destruir uma imagem de mercado construída há gerações. Para esta empresa seus clientes estão mais próximos dela, e do ponto de vista do cliente, ele se sente mais próximo do produtor e privilegiado. O valor pago pelo produto é justificado pelo nível de serviço recebido da empresa.
Sabendo, portanto, a importância dos canais de distribuição, tanto para a empresa, quanto para o cliente. Este tema deve ser cautelosamente estudado e desenvolvido dentro das empresas, independente do tipo de segmento.
Uma empresa pode ter mais de um canal de distribuição, assim como pode ter distribuição exclusiva, seletiva ou intensiva, mas, seja qual for, eles terão impacto para o consumidor final principalmente na questão de percepção da marca. É fundamental que seja analisado qual a intenção da empresa para investir em um novo mercado com seu produto, ou um novo produto em seu mercado de atuação.
É indicado estar alinhado o perfil da empresa com o tipo de canal desejado, assim como os níveis da cadeia. Pois da mesma forma que um nível do canal de distribuição pode ajudar a vender o produto, crescendo o faturamento, divulgando a marca e levantando a empresa. Este mesmo pode ser um inimigo que destruirá toda a reputação conquistada ao longo dos anos.
* Flávia Chinelato é especialista em gestão Estratégica de Marketing e Gestão Estratégica de logística. Graduada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior. Possui diploma de espanhol como língua estrangeira (DELE Superior – Instituto Cervantes/ Espanha). Experiência em internacionalização de empresas, negociações e eventos internacionais na Argentina, Canadá e Africa do Sul, além de desenvolvimento de negócios no Peru. Gerente Geral da empresa Atus Negócios Internacionais e Consultoria.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
O mercado de TI e seus desafios
Por Leandro - Logística Descomplicada, em janeiro 12th, 2011
A área de TI – Tecnologia da Informação – pode ser definida de maneira ampla como o conjunto de todos os processos, soluções e atividades que são realizados por intermédio de computadores, sejam eles grandes servidores ou pequenos computadores de mão.
A TI se integra com as mais diversas áreas da organização, e a integração com a logística já foi discutida aqui no Logística Descomplicada: se você ainda não leu, confira “Tecnologia da Informação (TI) e logística – como funciona essa integração?“. No texto abaixo, você encontrará os desafios da área, as perspectivas do mercado e como estão as oportunidades para os profissionais do ramo.
Por Infomoney*
Esse dinamismo faz com que as empresas entrassem no mercado dispostas a buscar profissionais capacitados, como forma de suprir a constante demanda tecnológica.
“Devido a essa questão, as exigências pela alta qualificação de profissionais de TI têm crescido muito. O mercado está carente e há uma grande dificuldade para encontrar pessoas que atendam às exigências das vagas de TI”, afirma a coordenadora de Recursos Humanos da empresa de tecnologia Senior ES, Marceliny Selia Baldo.
Segundo a especialista, algumas profissões voltadas à programação e ao desenvolvimento de aplicação, gestão de projetos e arquitetura de colaboração serão as áreas que mais demandarão profissionais de TI em 2011
.
Vistas para o mercadoNo caso da Senior ES, a demanda é por profissionais da área de projetos de implantação de sistemas, em que a exigência por uma boa qualificação e habilidades comportamentais é ampla.
No geral, explica Marceliny, as empresas buscam pessoas com capacitações técnicas de qualidade, que possuam certificações específicas para área, cursos de idiomas e diferenciais em termos de comportamento.
Cada vez mais as organizações precisam de profissionais de TI que tenham conhecimentos em gestão e saibam lidar com pessoas. A contratação de pessoas com esse perfil tem sido complicada.
“Além de uma série de habilidades técnicas, o profissional de TI, assim como pessoas de qualquer outra área, precisa ter atitude, um plus que o diferencie dos demais. Ele precisa ser comprometido com a realização de seus serviços e com a sua carreira. É essencial investir constantemente em cursos de atualização de novas tecnologias e treinamentos comportamentais”, explica a coordenadora.
As oportunidades para os profissionais de TI estão em todos os lugares. Hoje, não são só as empresas de softwares que precisam de colaboradores. As oportunidades se ampliaram para os diversos segmentos da economia brasileira, onde a tecnologia é vista cada vez mais como um fator competitivo.
“Depende muito da região e do tamanho da empresa, mas, numa média, os salários para os profissionais de TI estão em alta, bem acima de outras áreas, quando realizamos uma comparação”, diz Marceliny.
Por essa razão, para se dar bem na área, é essencial que os interessados gostem de novas tecnologias e de mudanças, além de sempre adquirirem novos conhecimentos e habilidades.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Como alcançar suas metas profissionais em 2011
Infomoney
Planos, responsabilidade, positivismo, avaliação e sonhos são pontos fundamentais para estarem incluídos em uma série de metas de quem começa um novo ano focado em obter ou consolidar o seu sucesso profissional.
Traçar uma estratégia clara e definida de quais passos devem ser tomados para atingir seus objetivos pode ajudar, e muito, nos resultados práticos.
De acordo com a diretora da CrerSerMais- Desenvolvimento Humano, Roselake Leiros, para garantir realizações mais efetivas, é necessário algumas condições especiais.
Veja 11 dicas que podem contribuir para que 2011 seja um ano decisivo no desenvolvimento de sua carreira profissional:
Responsabilidade
Não adianta responsabilizar o mundo pela não realização do objetivo, frustração ou insucesso. De acordo com a consultora Roselake Leiros, quando a responsabilidade é assumida, você toma o seu poder de transformar e planejar uma melhor estratégia com mais confiança.
Pense positivo
Diga o que quer e não o que não quer para atingir seus objetivos na carreira.
Objetivo sustentável
A dica é traçar objetivos sobre os quais é possível agir: o objetivo não é "quero que meu chefe me dê aumento", mas sim "farei o que for necessário para obter uma promoção".
Afaste o medo
Os medos podem ser os maiores entraves para seu sucesso profissional. "Deixe-os no seu tempo, mas reconheça-os, admita-os, avalie-os e faça aprendizados positivos dessas experiências para viver o agora plenamente", avalia a consultora Roselake Leiros.
Sonhe
O sonho é a base de tudo. Importante, porém, é trazer os sonhos para a realidade e verificar o que pode-se fazer para alcançá-los
Contemple todas áreas de sua vida
Quando focamos excessivamente uma área, tiramos energia de outra, causando desarmonia ao todo. Portanto, tenha equilíbrio, recomenda a consultora. Estabeleça objetivos para a área familiar, afetiva, profissional, financeira, social e o que mais achar conveniente. Assim seu crescimento será integral.
Avalie o contexto geral
Avalie antecipadamente o impacto do que você quer e só depois decida o que fazer. Segundo a consultora Roselake Leiros, caso haja conflito interno, que você identificará através de um desconforto, avalie e busque uma negociação consigo mesmo, e se ainda assim o desconforto persistir, reformule seu objetivo para evitar a autosabotagem.
Faça uma lista
Use todos seus sentidos
Ouça sua voz interior
Comemore a realização
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O maior helicóptero do mundo – Mil MI 26 “HALO”
Por Leandro - Logística Descomplicada, em janeiro 2nd, 2011
Este modelo foi concebido para substituir um outro modelo russo também gigante, mas o MI 26 precisava transportar mais carga, com o dobro do espaço interno e capaz de transportar até 13 toneladas de carga militar. O modelo tem 2 motores que dividem a carga e é capaz de voar com alguma carga mesmo que um dos motores não funcione. E quanto a sua capacidade, os projetistas foram além das 13 toneladas desejadas: ele tem capacidade para carregar 20 toneladas! E recentemente, em julho de 2010, um consórcio entre Rússia e China anunciou que já iniciou o projeto do sucessor do MI 26. Conheça mais sobre esta enorme ferramenta para transporte de grandes peças nos parágrafos abaixo, veja fotos e o link para um vídeo ao final da matéria. Continue lendo: O maior helicóptero do mundo – Mil MI 26 “HALO”
Gerenciamento de Riscos Logísticos
Por Leandro - Logística Descomplicada, em dezembro 31st, 2010
Deixando de lado essa face mórbida, doentia e de pouco conteúdo humano desses verdadeiros fanáticos; todos nós percebemos que as mudanças ocorridas após o onze de setembro causaram grande impacto nas operações globais das empresas e por via de conseqüência também acabaram por atingir as pessoas.
Estratégias operacionais no estilo just-in-time foram paralisadas a partir do momento em que os EUA simplesmente impediram, por medida de cautela e proteção, que qualquer aeronave levantasse vôo e a vigilância nos aeroportos, portos e rodovias intercontinentais passou a ser severa e demorada, numa verdadeira operação estilo “pente fino”.
Vivendo uma situação de franco desenvolvimento mundial na expansão do comércio de bens e serviços, a hipótese de bloqueio catastrófico do suprimento de um produto, de uma matéria-prima ou de um componente era pouco estudada ou mesmo, totalmente negligenciada, ficando mesmo no teatro na mera especulação dos chamados “paranóicos de plantão”.
Por conta dessa situação abrupta porém esperada mas não antecipadamente diagnosticada, as empresas passaram a começar a pensar nos riscos das suas fontes de suprimentos.De um lado, a partir dessa constatação, analistas e estrategistas começaram a fazer uma série de perguntas para esboçar cenários e planejar estratégias operacionais alternativas:
- O que aconteceria se a cadeia de suprimento e/ou de distribuição fosse interrompida por um evento inesperado?
- Se um modal de transporte essencial ao suprimento de matérias-primas ou de produtos sofresse um dano irreparável, quais as conseqüências na continuidade da produção?
- Se uma carga importante e/ou de alto valor fosse destruída, roubada ou contaminada, quais seriam os seus efeitos no suprimento de bens?
- Quais os custos envolvidos na recuperação da cadeia de suprimento e/ou de distribuição?
Palavras como fraude, roubos, chantagem, sabotagem, vandalismos, passaram a fazer parte do dicionário operacional dos estrategistas.
Dois exemplos permitem melhor compreender a gravidade das situações. Um deles está relacionado com um medicamento e aconteceu nos EUA: um maluco de plantão informou ao fabricante que tinha inserido veneno em várias caixas do produto espalhadas em todo o território norte americano. Esse foi um caso emblemático que a industria farmacêutica enfrentou de plano e de uma forma bastante arrojada e inteligente!
Outro exemplo, cujo tributo ainda pagamos, resultou do leque de fraudes produzidas nos balanços de grandes corporações americanas ligadas ao mercado financeiro (misteriosamente não detectadas pelas auditorias independentes!) e que vieram à tona com a crise do subprime.
Aliados a tudo isso estão os problemas relacionadas aos desastres da natureza (incêndios, inundações, tempestades, tornados e furações), desastres ecológicos (vazamento de produto, poluição, lixos tóxicos e contaminações) e mesmo risco tecnológicos (ruptura das comunicações, falta de suprimento energético, falta de transporte, caos aéreo, etc.).
Desnecessário a exemplificação dos citados riscos em face das recentes notícias veiculadas pela mídia tanto a nível nacional quanto internacional.Nesse novo cenário, cada vez mais globalizado e, por via de conseqüência, com reflexos em todo o planeta, tornou-se indispensável em termos estratégicos, operacionais e financeiros, que as empresas passassem a se preocupar com a gestão dos riscos logísticos.Com objetivo de reduzir o impacto dos riscos logísticos as empresas devem analisar várias estratégias, dentre elas:
- Estratégia de mitigação – que funciona tal qual o uso dos freios em um veículo em movimento: destina-se a reduzir ao mínimo possível o impacto do dano causado a uma cadeia logística. O foco é reduzir as causas dos riscos logísticos.
- Estratégia de contingenciamento – que funciona tal qual o denominado “Plano B” e destina-se a manter as operações em funcionamento apesar dos danos causados. Um exemplo dramático: o incêndio em uma fábrica e seus danos vultosos poderá ser contingenciado pelo deslocamento da produção para outra unidade. A falta de suprimento de energia poderá ser suprida, em caráter emergencial, por geradores.
O gerenciamento dos riscos logísticos tem por finalidade estabelecer uma estratégia destinada a mitigar o risco e permitir o contingenciamento das operações, identificando o potencial de impacto que poderá causar ao sistema como um todo.
*Paulo Sérgio Gonçalves é mestre em Engenharia de Produção (COPPE/UFRJ), professor de logística e operações (IBMEC/RJ) e professor convidado da UFJF e FGV/Management. É autor do blog Logística e Operações.
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